Correção: familiares de presos do Complexo Penitenciário de Canoas podem levar sacolas nos dias de visitas, com até oito itens de alimentação e cinco de higiene, e não são impedidos entrar com sacolas, como informado entre 16h27min e 18h5min. A notícia original foi corrigida.
Um preso foi encontrado morto por volta das 6h30min desta quarta-feira (22) dentro de uma das celas do módulo 3 da Penitenciária Estadual de Canoas. O corpo de Cláudio Luiz Oliveira dos Santos, 48 anos, estava pendurado em uma das grades por um fio enrolado no pescoço. Essa é a primeira morte dentro do complexo penitenciário desde sua inauguração, em março de 2016.
O complexo prisional é considerado um modelo no Estado, uma vez que presos são obrigados a usar uniforme, não há cantinas para venda de alimentos e detentos ficam em celas fechadas. Na sexta-feira, GaúchaZH revelou que integrantes de facções estão presos no local.
Segundo o titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Canoas, delegado Luís Antônio Firmino, os policiais foram informados de um suicídio dentro da casa prisional, mas quando chegaram ao local verificaram que a cena era típica de homicídio, já que havia sinais de luta corporal.
— O preso foi morto por asfixia. Tinha sete presos na cela e ninguém percebeu, não chamou por socorro. A própria circunstância da morte já alertou os policiais. Eles analisaram a cena e acharam estranho a pessoa se suicidar naquele ambiente. A perícia veio e confirmou que não foi suicídio. Os policiais perceberam sinais de luta corporal.
Ainda conforme o delegado, foram coletados materiais dos presos que estavam na cela para saber quem teria lutado com a vítima. Cláudio Luiz Oliveira dos Santos foi preso por furtar roupas de uma loja, em Porto Alegre. Ele já havia cumprido pena por furto e roubo.
Procurada, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) divulgou nota sobre o caso. Confira a íntegra:
A Susepe informa que, por volta das 06:30h, os agentes encontraram o apenado Cláudio Luiz Oliveira dos Santos, 49 anos, enforcado com um fio de luz ao redor do pescoço. Imediatamente, foram realizados os procedimentos nesses casos: chama-se a SAMU, constatado o óbito, o local é isolado e aguarda-se o Instituto Geral de Perícias (IGP). O apenado estava respondendo pelos crimes de furto, arrombamento, porte ilegal de arma e estupro, dentre outros, estando condenado, até o momento, a 7 anos e 8 meses de prisão. O preso chegou na Pecan III, na última quarta-feira (15), oriundo da Pecan IV. A Susepe aguarda o laudo pericial e já instaurou o processo administrativo para apuração do caso. O laudo, até então, não saiu. Entretanto, não há indícios, em momento algum, de que tenha sido um assassinato, sendo prematuro, portanto, fazer essa afirmação.