O homem que morreu após ser atingido por dois tiros na noite de quarta-feira (19) no bairro Bela Vista, em Porto Alegre, foi identificado como Thiago Alves Ângelo, 31 anos. O corpo foi encontrado dentro de um carro roubado na manhã de quinta-feira (20) na Rua Barão de Ubá. Segundo a polícia, ele tinha antecedentes criminais por roubo de veículo e tráfico de drogas, além de ser investigado por outros delitos. O comparsa de Ângelo e o autor dos disparos, que em princípio teria agido em legítima defesa durante tentativa de roubo de automóvel, ainda não foram identificados.
O caso é investigado pela delegada Roberta Bertoldo, da 2ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre. Segundo ela, a polícia mantém a mesma linha de investigação e nesta sexta-feira (21) busca imagens de câmeras de segurança na região, além de ouvir testemunhas. Roberta afiram que o homem morto e o comparsa roubaram um Ford Ka no início da noite de quarta na Rua Perpétua Teles, no Bela Vista, e depois tentaram roubar outro veículo na mesma rua. No entanto, a vítima reagiu e atirou nos dois.
Os disparos atingiram as costas e a cabeça de Ângelo. Ele e o comparsa usaram o mesmo carro roubado inicialmente para fugir. Na Rua Barão de Ubá, no mesmo bairro, o outro criminoso teria percebido que Ângelo havia morrido e fugiu. Na manhã de quinta, moradores chamaram a polícia quando identificaram o corpo dentro de um veículo.
Identificações
A delegada afirma que ainda falta identificar o comparsa e, para isso, também espera por análisde de imagens do momento em que o carro foi roubado e depois, quando foi abandonado na Barão de Ubá. Falta ainda identificar o autor dos disparos, bem como o tipo de arma usada.
Como não havia projéteis no local onde o carro foi encontrado, somente a perícia pode identificar a arma usada pela vítima. A delegada Roberta diz ainda que a vítima do carro roubado registrou ocorrência, mas a da tentativa de roubo de veículo e responsável pelos tiros ainda não se apresentou, sequer registrou o fato. Ela lembra que esta pessoa é tratada como vítima e que teria agido em legítima defesa.
— Acredito que esta pessoa, ainda não identificada, agiu em legítima defesa, está preocupada devido ao desfecho do fato e por isso ainda não se apresentou —ressalta Roberta.