Um garçom de 26 anos foi morto com três tiros disparados por policiais militares enquanto aguardava a mulher e os dois filhos na favela Chapéu Mangueira, no Leme, zona sul do Rio de Janeiro, por volta das 19h30 de segunda-feira (17). Ele segurava um guarda-chuva fechado que, segundo moradores, os policiais confundiram com um fuzil. Em nota, a Polícia Militar afirma que PMs em patrulhamento foram atacados e, ao revidar, atingiram a vítima. Moradores do Morro do Chapéu Mangueira, na zona sul da cidade, fizeram nesta terça-feira (18) um protesto nas ruas do Leme.
Rodrigo Alexandre da Silva Serrano estava na Ladeira Ary Barroso, próximo a um bar, aguardando a mulher, com quem era casado havia sete anos, e os dois filhos, um de 4 anos e outro de 7 meses. Serrano usava um "canguru", acessório para carregar bebês junto ao peito, e segurava um guarda-chuva fechado numa das mãos.
A mulher e os filhos estavam chegando à favela em uma lotação e encontrariam Serrano nesse ponto de encontro, para seguirem juntos para casa. Ele foi atingido no peito, no quadril e na perna. Rodrigo foi levado ao hospital Miguel Couto, no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, mas chegou morto.
Outro homem que estava próximo do garçom também foi baleado pela PM, mas sobreviveu. Jonatas da Silva Rodrigues, de 21 anos, foi atingido de raspão nas costas, levado ao mesmo hospital e liberado ainda durante a madrugada desta terça-feira (18).
Segundo a Polícia Militar, uma guarnição do Grupamento Tático de Polícia de Proximidade (GTPP) foi atacada a tiros quando passava pela ladeira e revidou, atingindo as vítimas. O caso foi registrado pela 12ª DP (Copacabana) como auto de resistência, quando há reação da vítima a uma abordagem policial. Por isso não foi encaminhado à Delegacia de Homicídios da capital. A PM informou apenas que apreendeu rádios comunicadores com os dois, mas não deu qualquer informação sobre apreensão de armas. A Corregedoria da Polícia Militar acompanha o caso.
*Com informações da Agência Brasil