O prefeito Sergio Silveira da Costa (MDB) de Cerro Grande do Sul, no Sul do Estado, falou sobre o ataque de bandidos a unidade do Bradesco na madrugada deste sábado (28). Este foi o quinto ataque que agências do município sofreram desde 2016 — foram quatro nos últimos nove meses.
Sergio mora perto da agência e relembrou como foi a madrugada no pequeno município, com um pouco mais de 11 mil habitantes.
- Eu moro a 30 metros da agência, foi um grande susto durante a madrugada. Inclusive tem um casal que mora no prédio do banco e tememos pela segurança deles, mas está tudo bem, tirando o susto que foi grande. A gente está vivendo momentos de pavor, essa foi a quinta explosão pela qual passamos em um pouco mais de dois anos. Como vem acontecendo seguidamente, já começamos a achar normal este tipo de crime por aqui – desabafou.
Segundo o prefeito existe o temor que os bancos deixem de oferecer caixas eletrônicos no município. Ele revelou que oficialmente não lhe foi passado nada, mas que com a frequência que vem acontecendo os ataques não pode duvidar que os bancos tomem essa decisão.
Quanto às providências para aumentar o efetivo de segurança no município, Sergio Silveira diz que "várias ações já foram tomadas", mas ainda sem sucesso. A cidade conta hoje com o efetivo de quatro policiais militares e nenhum deles atuava durante a madrugada deste sábado.
– Nós temos feito de tudo para aumentar o efetivo. Já perdi as contas de quantas audiências fizemos na Secretaria de Segurança do Estado. E não é só o Executivo que tem buscado isso, empresários e a Câmara de Vereadores também já estiveram nessas audiências. A resposta é sempre a mesma: vão aumentar o efetivo assim que novos soldados forem formados. Mas, isso nunca acontece. Hoje temos quatro policiais e há 30 anos tínhamos nove – afirmou.
Segundo o prefeito, esta semana ele recebeu a informação que, da nova turma formada para a Brigada Militar cinco aprovados são da região e quatro deles já demonstraram interesse em trabalhar no município. Ele conta que os policiais que chegam de outras regiões do Estado acabam pedindo transferência e por isso confia que soldados da região permaneçam para reforçar o efetivo.