A informação de que três policiais militares são suspeitos de terem assassinado o comerciante Alceu Pieretti Barra, 69 anos, na noite de quinta-feira passada (5), no bairro Piratini, em Alvorada, surpreendeu a família da vítima. De acordo com um dos filhos, o caminhoneiro Alceu Júnior de Farias Barra, 42 anos, todos seguem sem entender os motivos do crime.
Alceu foi encontrado morto no pátio de casa, com diversos ferimentos. Na noite do crime, a suspeita era de que o idoso havia sido morto a pauladas. A Polícia Civil, no entanto, fala em tiro na cabeça.
Pouco tempo antes de o corpo ter sido descoberto, Barra havia estado em uma quadra de futebol próxima se sua casa fazendo algo que costumava e gostava: comido churrasco e conversado, enquanto assistia, por alguns minutos, a uma partida, disputada por times amadores.
— O pai era o típico italianão. Daqueles simpáticos, que falam alto, brincam com todo mundo — descreve Alceu Júnior.
O jogo em questão era disputado por times formados por policiais militares, e havia outras pessoas assistindo à partida. Segundo a investigação policial, o comerciante, ao retornar para casa, teria sido seguido por três PMs.
— Ouvi dizer que teria acontecido isso. Não sei o que dizer — afirma o caminhoneiro.
A hipótese de latrocínio é vista com cautela pelo filho da vítima.
— Soube que o pai estava com R$ 2 mil, mas parece que o dinheiro foi encontrado — diz.
O caminhoneiro afirma que a morte deixou a família muito abalada. Ele era um dos quatro filhos de Alceu, que deixou também oito netos.
— Era um ótimo pai e um avô maravilhoso. Simpático com todos, da família ou não.