A Polícia Civil descarta que uma menina de um ano e dois meses que morreu na última terça-feira (10), em Porto Alegre, tenha sido violentada pelo pai. Segundo a delegada Andrea Magno, do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca), o laudo pericial não apontou abuso sexual.
Traficantes e moradores do bairro Bom Jesus, onde morava a menina,estão ameaçando o responsável pela criança. Ele e a mãe da vítima seguem sendo investigados por negligência.
A menina morreu no Hospital de Pronto Socorro (HPS) na última terça e, na ocasião, a médica que atendeu o caso solicitou exame pericial devido a suspeita de estupro. Enquanto isso, a morte passou a ser investigada pela polícia e causou revolta na comunidade da zona leste da Capital.
Segundo a delegada Andrea Magno, os pais foram ouvidos e negaram o abuso, o que foi confirmado na sexta-feira (13) pelo Instituto Geral de Perícias. Mesmo assim, houve ameaças ao pais, inclusive em redes sociais, e eles tiveram que se esconder na casa de familiares.
O Deca enviou um policial à Associação de Moradores da localidade para explicar a situação. O presidente da entidade já está informando moradores sobre a inocência do pai em relação à suspeita inicial de estupro.
Por segurança, a polícia não está divulgando o nome do casal. A causa da morte ainda é investigada e não se descarta negligência por parte dos pais.
Em princípio, a menina teve um problema decorrente de cirurgia realizada anteriormente e, além disso, teve um quadro grave de diarreia. Este fato, inclusive, pode ter induzido à suspeita de estupro, o que não se confirmou. A delegada Andrea Magno continua com a apuração e o objetivo é descobrir porque a criança não recebeu atendimento médico urgente.