A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa decidiu, nesta quarta-feira (18), que acompanhará as investigações da Polícia Civil sobre os três brigadianos que são suspeitos de terem assassinado um idoso de 69 anos, em 5 de abril, em Alvorada. Os deputados da comissão decidiram buscar mais detalhes do caso tanto com o delegado Paulo Grilo, diretor do Departamento de Homicídios da Polícia Civil, quanto com o corregedor do Tribunal de Justiça Militar (TJM).
A comissão também decidiu encaminhar pedidos de proteção para a família do idoso. Segundo o filho da vítima, Alceu Pieretti, dois dias após o crime, um veículo com as placas quase apagadas e vidros escuros permaneceu em frente à casa da família, com homens olhando para o interior da residência. Segundo ele, após os familiares saírem do local de carro, o veículo suspeito teria seguido a família durante parte do trajeto.
Os três PMs foram presos temporariamente na segunda-feira (9) por suspeita de envolvimento no crime contra o idoso, que foi encontrado sem vida, no pátio de casa, com diversos ferimentos.
A investigação da Corregedoria da Brigada Militar iniciou-se após denúncia anônima, que indicou a participação de policiais no caso. Conforme a denúncia, assim que saiu do ginásio, o idoso foi seguido pelos três militares e um deles foi visto, pouco depois, com a roupa suja de sangue.
O deslocamento dos PMs foi confirmado pela investigação, após conferência de imagens de câmeras de vigilância que flagraram os militares seguindo o idoso na saída do ginásio.
— Eles teriam abordado a vítima na entrada da residência. Eles ficaram cinco, seis minutos, e saíram do local. Em seguida, um amigo da vítima encontrou o idoso morto — descreveu o delegado Edimar Machado, no último dia 9.
O delegado não foi encontrado nesta quarta para comentar o caso.
No relato à comissão, o filho da vítima afirmou que os ferimentos indicam que o pai foi torturado, antes de ser executado.
A Brigada Militar não divulgou os nomes dos policiais suspeitos do crime.