A Força-Tarefa da Polícia Civil que investiga assaltos a ônibus em Porto Alegre divulgou na manhã desta sexta-feira (23) a prisão de um suspeito de roubos em 25 coletivos nas áreas central e norte da cidade em dois meses, sendo cinco casos somente na última quarta-feira (21). A prisão ocorreu na Capital na quinta-feira (22), mas o preso ficou até a noite passando pelo reconhecimento de dezenas de vítimas. No entanto, o que chamou a atenção foi o fato de que o investigado trocava várias vezes a cor do cabelo para despistar a polícia.
Flagrado por câmeras de segurança durante os assaltos, o suspeito usou cabelo preto, branco, verde e azul, inclusive estava com esta última cor quando foi detido. Em alguns casos também assaltava usando boné.
A prisão ocorreu em uma pousada na Rua Voluntários da Pátria, no Centro. Também foram apreendidas várias roupas e uma pasta preta usada por ele nos crimes, simulacro de revólver e pequena quantidade em dinheiro.
O delegado Alencar Carraro, que investigou o caso, diz que o preso tem antecedentes policiais por porte ilegal de arma, lesões corporais, associação ao tráfico de drogas, furto qualificado, roubos a pedestre, furto em residência e homicídio. Ele foi encaminhado ao sistema prisional. O nome dele ainda não foi divulgado.
Roubos a coletivos
A Força-tarefa da Polícia Civil em Porto Alegre, único órgão do Brasil que investiga somente roubos a ônibus e lotações, foi criada em abril de 2016. Carraro diz que, desde então, houve diminuição nesse tipo de crime na cidade. Nos dois primeiros meses do ano, comparando com o mesmo período de 2017, houve redução de mais de 60% nas ocorrências. Desde o início do trabalho, foram encaminhados ao Judiciário 700 inquéritos de roubo a ônibus e lotações. Houve ainda mais 550 representações por prisão.
