Morador da casa que teve o muro atingido por um helicóptero na tarde de quinta-feira (8) em Joinville, Santa Catarina, Osni Geraldi, 54 anos, trabalhava na olaria que fica em frente à residência quando viu a aeronave cair. Ele ajudou a tirar o único sobrevivente das ferragens.
O helicóptero havia sido sequestrado em Penha, e uma das suspeitas é que fosse utilizado no resgate de um preso. Três pessoas, entre eles o piloto e um assistente, morreram no acidente.
Geraldi ouviu o barulho e viu quando a aeronave bateu no solo quase na posição vertical. Ele saiu correndo para ajudar as vítimas e avistou um jovem consciente ainda dentro do helicóptero. Dois estavam inconscientes e um outro também foi visto, mas o fogo tomou conta da aeronave antes que pudesse tentar salvá-lo.
— Um deles estava consciente e com cinto. Nós tiramos o cinto e tentamos tirar, mas ele estava com a perna presa. Quando vimos que ia pegar fogo, puxamos e ele até machucou a perna. Conseguimos arrastar ele uns metros e o helicóptero pegou fogo. Infelizmente, morreram pessoas inocentes — relata.
O morador diz que não ouviu nenhum barulho de tiros antes da aeronave cair. O fogo começou na parte de trás do helicóptero. Ele e outros funcionários da olaria usaram oito extintores para apagar as chamas.
O sobrevivente resgatado foi identificado como Daniel da Silva, 18 anos. Segundo a polícia, ele foi um dos dois homens que se passou por cliente para fretar a aeronave, em Penha. Eles teriam alegado que pretendiam observar alguns terrenos em Joinville. Um revólver e uma pistola foram apreendidos no local da queda.