O homem envolvido em um atropelamento na Praia dos Ingleses, em Santa Catarina, em 2017, preso em flagrante por furto de energia elétrica na quinta-feira (11), foi solto pela Vara Criminal de Sapiranga. Jeferson Rodrigo de Souza Bueno foi preso com outras duas pessoas durante ação do Departamento de Investigações Criminais (Deic) em uma empresa de Araricá, no Vale do Sinos.
Na decisão publicada nesta sexta-feira (12), o juiz Ricardo Petry Andrade afirma que não existem indicativos de que, soltos, os três vão cometer novos delitos ou alterar a ordem pública.
A ação da Polícia Civil ocorreu porque funcionários da concessionária RGE afirmavam ter dificuldades em fiscalizar a empresa, pois sempre eram ameaçados. Desta vez, policiais civis acompanharam a fiscalização e realizaram as prisões.
Após a ação, os advogados de Bueno afirmaram à reportagem que ele não possuía qualquer “gerência ou vínculo social com a empresa”, o que também foi alegado no pedido de relaxamento de prisão atendido pelo juiz.
Atropelamento em SC
No dia 1º de janeiro de 2017, Bueno se envolveu em um acidente de trânsito que deixou uma pessoa morta e outras duas feridas na Praia dos Ingleses, em Florianópolis. Denunciado à Justiça por homicídio doloso triplamente qualificado, não chegou a ser preso.
Bueno se apresentou em abril, após o mandado de prisão ser suspenso pela Justiça catarinense. Ele pagou fiança de R$ 70.275, e a Justiça impôs outras restrições: comparecimento mensal no juízo em que reside para informar e justificar suas atividades, proibição de se ausentar da Comarca em que reside por prazo superior a oito dias sem anuência do juiz, suspensão do direito da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor pelo prazo de dois anos e comparecimento ao Cartório da Capital para citação pessoal, ciência das condições impostas e entrega de sua CNH.
No acidente, Cristiane Flores, de 31 anos, morreu. O marido dela, Nilandres Lodi, teve as duas pernas amputadas, e Gean Matos, 22 anos, amigo do casal, teve traumatismo craniano e lesão em um dos pulmões.
Na época, a defesa de Bueno alegou que a culpa pela perda do controle do Camaro era de um outro motorista, que teria colidido lateralmente com o veículo, causando o acidente. O condutor deste carro foi ouvido pelas autoridades catarinenses, mas não foi indiciado.