Um homem suspeito de participar do ataque a bancos com a morte de um refém em Arvorezinha foi preso em flagrante durante as buscas na noite de quinta-feira (7). A prisão ocorreu em um cerco conjunto entre Polícia Civil e Brigada Militar (BM) no interior de Ilópolis, também no Vale do Taquari. O chefe da Polícia Civil gaúcha, delegado Emerson Wendt, considera a captura essencial para identificar os demais criminosos.
O comandante da BM na região, coronel Gleider Cavalli, afirma que o preso alegou ser somente o motorista da quadrilha, mas passou aos policiais os apelidos de alguns outros criminosos. O homem também teria dito que só aceitou fazer o serviço por precisar de dinheiro e que não está envolvido em outros casos. O nome do detido não foi revelado.
Durante a madrugada, houve uma troca de tiros entre policiais e bandidos em uma área de estradas vicinais entre as cidades de Ilópolis e Putinga. O comandante da BM na região relatou que quatro dos seis bandidos procurados estavam a pé.
— Em um primeiro momento, uma parte do grupo vinha caminhando em estradinha e depararam com guarnições. Ali eles abriram fogo. Nosso pessoal revidou e fez com que eles evadissem. Em mais ou menos um quilômetro, eles caíram em outra barreira e houve nova troca tiros — diz Cavalli.
Há uma suspeita de que um dos membros da quadrilha esteja ferido no matagal. Por isso, os PMs entendem que é necessário manter o cerco pelo maior tempo possível, pois a qualquer momento os assaltantes podem se entregar. Um alerta foi emitido aos moradores da região para que fiquem atentos quanto a movimentações estranhas no matagal e avisem a Brigada.
Setenta policiais militares e uma aeronave estão mobilizados para as buscas. Além dos PMs do Vale do Taquari, o efetivo do 2º Batalhão de Operações Especiais (BOE), de Passo Fundo, já está na região e os PMs receberão o apoio de efetivo do 1º Batalhão de Operações Especiais (BOE), de Porto Alegre, com Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e Canil, com apoio de uma aeronave. Além disso, a Polícia Civil está com 30 policiais civis da região e de outros departamentos. O helicóptero da corporação será enviado.
Investigação sobre origem do disparo
A polícia ainda não detalhou se já sabe quem são os demais criminosos. No entanto, há uma desconfiança de que um dos assaltantes seja um dos principais procurados pelo crime no Estado, identificados pela Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
— Sempre tem pelo menos um ou outro integrante do grupo que leva expertise a outros criminosos. Na metade do ano, fizemos operação contra três grupos, e há 10 principais foragidos que procuramos capturar — diz Wendt.
Sobre a morte do refém, identificado como Gelson Coproski, 33 anos, ainda não há informações sobre de onde partiu o tiro. Os agentes aguardam laudo a ser emitido pelo Instituto Geral de Perícias para saber como a morte ocorreu e se o disparo que atingiu a vítima foi dado pelos criminosos ou pela polícia. Os cinco reféns sobreviventes também devem ser ouvidos.