O confronto que terminou com quatro suspeitos mortos, segundo os órgãos policiais de Caxias do Sul, faz parte do cenário de guerra entre facções na cidade. Na manhã desta quarta-feira, a Brigada Militar (BM) averiguava uma denúncia no bairro Primeiro de Maio quando foi recebida a tiros. Sete armas de fogo foram apreendidas na ação policial. Os quatro mortos não estão oficialmente identificado, mas dois seriam investigados da Polícia Civil por homicídios.
— Este endereço não era conhecido (da polícia), mas os envolvidos são. Em princípio, este local seria paradeiro de membros da facção (que é uma ramificação de uma organização criminosa da Região Metropolitana) — aponta o delegado Rodrigo Kegler Duarte, chefe da Delegacia de Homicídios.
A região onde ocorreu o tiroteio é conhecida das forças policiais, há anos, pelo tráfico de drogas. A casa em que os suspeitos estavam fica em uma viela que tem acesso pela Rua Antonio Nakhoul El Andari, que fica atrás do Mato Sartori. A dificuldade de acesso, a proximidade das moradias e os diversos caminhos improvisados lembram o cenário de uma favela.
A denúncia foi averiguada pela Companhia de Operações Especiais (COE), por volta das 10h50min. Os PMs se aproximaram da casa citada e foram recebidos a tiros. Moradores próximos relataram ter ouvido uma primeira sequência de seis estampidos — que seriam dos suspeitos. Na sequência, uma sequência maior de tiros foram ouvidos.
— A cena do crime são todos (os suspeitos) armados, com munições deflagradas nos revólveres e um tiro de (espingarda calibre) .12 de dentro para fora na porta da casa. Aparenta ser um confronto armado que acabou com o óbito destes envolvidos — relata o delegado Duarte.
Três homens morreram dentro da casa. O quarto suspeito tentava fugir por uma das vielas na parte de trás da moradia quando encontrou uma segunda guarnição policial e também morreu em confronto. Foram apreendidos três revólveres calibre .38, uma espingarda .12, duas armas artesanais calibre .12 e um revólver artesanal, além de três coletes balísticos. Nenhum policial foi ferido.
— Era uma averiguação sobre tráfico que setor de inteligência realizava com o apoio do COE. É um local de difícil acesso, com uma escada de (degraus) de menos meio metro. Quando chegaram, (os PMs) foram recebidos a tiros. O confronto direto foi com os policiais que estavam mais a frente — descreve o major Jorge Emerson Ribas, comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM).