Apesar dos furtos estarem em redução e dos roubos, estabilizados, desde o começo de 2017 no Rio Grande do Sul, os ataques a estabelecimentos bancários seguem sendo uma dor de cabeça para as autoridades — e com tendência de alta. O índice de furtos e roubos a bancos passou a ser divulgado separadamente pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) neste ano e, entre janeiro e setembro, conforme os indicadores divulgados na manhã desta quarta-feira (1º), 168 ataques já foram registrados em todo o Estado. Significa que, a cada 38 horas, uma agência é alvo de bandidos.
Há crescimento neste tipo de crime em relação ao ano passado. É o que indica o cruzamento dos dados divulgados pela SSP com o Anuário Brasileiro da Segurança Pública, divulgado nesta semana. Naquele levantamento, que considerou somente os casos de roubos a bancos, o Rio Grande do Sul aparece com 75 roubos a bancos em todo o ano de 2016. Três casos a menos do que em 2015, quando ocorreram 78 ataques.
O último trimestre (julho a setembro), conforme os indicadores criminais da SSP, foi justamente o mais violento. Foram 70 ataques, reduzindo a média para um ataque a cada 30 horas. A alta nos furtos em relação aos trimestres anteriores é mais significativa nos casos de furtos — em geral, tendo como alvo os caixas eletrônicos. Foram 47 ocorrências no último período. No primeiro trimestre, foram 39 ocorrências e, no segundo, 27.
Já os casos de roubos a bancos chegaram a 23 ocorrências no Estado entre julho e setembro. Número superior aos 21 casos de janeiro a março e mais do que o dobro do segundo trimestre, quando aconteceram 11 ataques deste tipo.