Depois de desarticular nesta quinta-feira (21) uma organização criminosa especializada em apenas comprar automóveis roubados para clonar e revender para outras quadrilhas, a Polícia Civil divulgou escutas telefônicas que comprovam como funcionava o esquema.
O líder, um preso do complexo de Charqueadas, remunerava os integrantes conforme a função exercida. Só o responsável pela clonagem recebia R$ 800.
O delegado Juliano Ferreira, responsável pela investigação, diz que os carros eram adquiridos por até R$ 1,5 mil e revendidos para bandidos da serra gaúcha, de Santa Catarina e do Paraná por até R$ 14 mil. Segundo a polícia, compravam até 25% dos carros roubados na Região Metropolitana de Porto Alegre. Nesta quinta-feira, foram presos 15 suspeitos em nove cidades gaúchas.
Escutas telefônicas
Em uma primeira escuta telefônica liberada pela Polícia Civil, os integrantes da quadrilha falam sobre rastreadores de veículos:
Em uma segunda gravação, um dos suspeitos explica detalhes do esquema criminoso:
Neste próximo áudio, um preso, apontado como líder do grupo, dá mais detalhes do esquema, mas enfatiza a clonagem:
Os bandidos falam entre si sobre os lucros obtidos e sobre as divisões de tarefas:
Em outra escuta, o líder do grupo, preso em Charqueadas, reclama que um dos integrantes deixou de ganhar R$ 500:
Nesta gravação, um investigado pede que depositem na conta dele após serviço realizado:
Um outro suspeito diz que é preciso aprender cada vez mais a clonar por que isso é o qua dá dinheiro:
Nesta gravação, os bandidos pegam carro de vítima e mais: buscam todos dados possíveis dela para extorsão:
E ainda, em outro áudio, dois criminosos falam entre si sobre quem irá extorquir uma vítima de carro roubado:
E neste último áudio, um dos líderes da quadrilha destaca que assinou a carteira de um dos integrantes, simplesmente por que estava atuando de forma eficiente: