A execução de João Carlos da Silva Trindade, 39 anos, o Colete, apontado como um dos líderes do tráfico de drogas em Porto Alegre abriu um "vácuo" no grupo criminoso por ele comandado, como definiu o diretor de investigações do Departamento de Homicídios de Porto Alegre, delegado Gabriel Bicca.
Leia mais
Quem era Colete, apontado como um dos líderes do tráfico de drogas da Capital
Polícia suspeita que líder do tráfico tenha sido morto pela própria facção
As consequências deste assassinato, cometido às 12h30min, na Rua Barão do Amazonas, no bairro Partenon, ainda são incertas na avaliação da Polícia Civil e da Brigada Militar, que intensificaram o monitoramento aos aliados e aos rivais da vítima. Uma disputa entre os subordinados de Colete pelo espaço deixado ou mesmo a tomada de território por outros grupos são levadas em conta.
– Vamos avaliar as movimentações que irão acontecer. A tendência é de que haja uma violenta disputa por poder. Alguém vai querer assumir o posto e, provavelmente, com uso de armas – destacou o delegado Bicca.
O diretor de investigações do Departamento Estadual de Investigação do Narcotráfico (Denarc), delegado Mario Souza, disse que os acontecimentos dos próximos dias podem determinar se a morte pôs fim a um ciclo ou se deu início a outro.
– Ainda é cedo para concluir alguma coisa, mas, na nossa previsão, pode ser o fim de um ciclo – comentou, sem entrar em detalhes.
A Brigada Militar movimentou parte do seu efetivo para o local do crime e arredores, para evitar novas investidas e também garantir a segurança da população, conforme o comandante do 19º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Marcelo Tadeu Pitta Domingues.
– A comunidade pode ficar tranquila, pois a BM está presente desde o momento do fato e vai permanecer até que a situação esteja normalizada – concluiu.