Representantes da Cadeia Pública de Porto Alegre (nome oficial do Presídio Central), Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e Vara de Execuções Criminais (VEC) trabalham para realocar 164 presos que foram expulsos de um pavilhão da prisão de Porto Alegre há uma semana.
Conforme o diretor do Central, tenente-coronel Marcelo Gayer Barboza, o intuito é transferir detentos para penitenciárias do complexo de Charqueadas. Não há prazo para a transferência, porém o objetivo é realizar o transporte dos presos na próxima semana.
Conforme o oficial, algumas vagas já foram abertas, mas os presos ainda não foram transferidos. Atualmente, o grupo está em um pátio do pavilhão H com parte do teto coberto.
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Os 164 detentos foram removidos da 2ª galeria do Pavilhão A por risco de confusão. No prédio, parte do grupo integrava uma facção criminosa ligada ao traficante João Carlos da Silva Trindade, conhecido como Colete, assassinado na semana passada na Vila Maria da Conceição.
Pequenos conflitos entre integrantes do pavilhão foram registrados logo após a morte de Colete, o que provocou a remoção de uma parte dos detentos.
Até ser solto no início deste ano, Colete era um dos líderes da 2ª Galeria do Pavilhão A. De acordo com a polícia, também comandava o tráfico de drogas na Vila Maria da Conceição. O risco existe porque há indícios de que o criminoso tenha sido morto por comparsas.
A investigação sobre o caso está em andamento, mas o titular da 1ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre, delegado Rodrigo Reis, destacou que possui novas informações que corroboram com a hipótese de traição pelos próprios membros da facção comandada por Colete.
Novos depoimentos sobre a investigação devem ser colhidos nos próximos dias, mas não há prazo para conclusão do inquérito.