Usado como solução provisória para abrigar presos que aguardam vagas no Presídio Central, o Instituto Penal Padre Pio Buck, no bairro Aparício Borges, na zona leste de Porto Alegre, apresenta uma situação que beira o caos, nesta quarta-feira (5).
Com 45 detidos preenchendo a capacidade máxima do prédio, 27 policiais militares e agentes da Força Nacional estão mantendo 32 pessoas sob custódia em viaturas estacionadas no pátio.
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O número de veículos improvisados como celas não foi divulgado pela Brigada Militar. No entanto, fotos mostram mais de 10. A custódia tira momentaneamente do policiamento das ruas PMs dos seis batalhões da corporação em Porto Alegre, da Operação Avante, da Força Nacional e do Batalhão de Operações Policiais (BOE).
– Estamos buscando outras soluções para minimizar o problema. A Penitenciária de Canoas está praticamente pronta e estão previstas as construções de dois presídios estaduais e de um centro de triagem. Enquanto isso, vamos administrando a situação – afirma o comandante do policiamento da Capital, Coronel Jefferson Jacques.
A situação no Pio Buck é reflexo da falta de vagas nas prisões da Região Metropolitana. O Presídio Central, principal porta de entrada do sistema prisional, que tem capacidade para 1,9 mil presos, nesta quarta-feira, abriga 4,86 mil.
Em efeito cascata, outros 227 detentos encontram-se em delegacias de polícia e 72 no centro de triagem provisório, no bairro Partenon. No total, são 421 aguardando vagas.
Número de presos
Presídio Central: 4.866
Delegacias da Região Metropolitana: 227
Centro de triagem: 72
Prédio do Instituto Pio Buck: 45
Em viaturas no Instituto Pio Buck: 32