A Polícia Civil prepara uma reconstituição do dia em que Aline de Oliveira Ribeiro, de 15 anos, foi morta pelo próprio cunhado em Mampituba, no Litoral Norte gaúcho. O objeto é esclarecer todos os fatos ocorridos e saber se é verdadeira a versão do homem – que confessou o crime.
O agricultor Joel da Silva Rikunenko alega que matou a menina por acreditar que ela estava grávida dele. Isso atrapalharia o plano dele de se casar com uma irmã mais velha da jovem. A polícia, no entanto, desconfia da versão.
– Será que ele matou por isso ou ele tentou estuprar, não conseguiu, e a matou? É a versão dele, por enquanto. Precisamos esclarecer tudo nessa história, mesmo que não possamos confirmar se ela estava ou não grávida, devido ao estado do corpo – declara Celso Jaeger, delegado que investiga o caso desde dezembro.
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O pedido da reconstituição foi feito ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) e deve ser marcado nos próximos dias.
Já o inquérito sobre o caso foi remetido na quarta-feira ao Poder Judiciário. O suspeito, que está preso na Penitenciária Modulada de Osório, foi indiciado por homicídio doloso, com qualificadora por ocultação de cadáver.
O corpo foi encontrado enterrado em um terreno próximo da casa da menina no dia 27 de junho, após mais de seis meses dela ter sido considerada desaparecida. Os policiais foram levados até lá por Rikunenko.
Denuncia de outro crime não se confirmou
Dias depois da revelação do assassinato que chocou o pequeno município, a Polícia Civil recebeu uma denúncia de que o homem teria tentado matar outra namorada dele. O caso não se confirmou, conforme o delegado.
A mulher, que é a atual namorada do preso, foi ouvida na delegacia e negou o crime.