A Polícia Civil divulgou, nesta sexta-feira (12), vídeo que estava no celular de um homem investigado por aplicar golpes em clientes de cartões de crédito em Porto Alegre. Jorge Wilian Rodrigues, detido preventivamente no Presídio Central, gravou o momento em que ligou para uma das 29 vítimas da Capital lesadas em um golpe que arrecadou, no total, quase R$ 500 mil. Nas imagens, ele debocha do interlocutor enquanto finge ser um funcionário de operadora de cartão.
A investigação da 3ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre continua. O delegado Hilton Muller tenta agora localizar três suspeitos que foram presos e que, por uma divergência entre a polícia e Justiça sobre o pedido de renovação das prisões temporárias, foram soltos.
Leia mais:
ÁUDIO: Interceptação telefônica revela como quadrilha aplicava golpe do cartão
Como criminosos aplicavam golpes de SP nos cartões de vítimas de Porto Alegre
Como eram divididas as tarefas na quadrilha que aplicava golpes nos cartões
Três envolvidos presos no Rio Grande do Sul foram soltos no domingo (7) e agora são procurados novamente, após ter sido decretada a prisão preventiva deles na segunda-feira (8). Quatro integrantes do grupo, sendo três de São Paulo, seguem presos; dois foram liberados e outros cinco estão foragidos desde o momento em que a operação foi deflagrada, em 3 de maio.
O homem preso que teve o vídeo divulgado é de São Paulo, mas aplicava golpes em clientes do Rio Grande do Sul.
Golpe
Por meio de contato por telefone com clientes de Porto Alegre das empresas Visa e Master, os golpistas em São Paulo se passavam por funcionários das operadoras e informavam que uma determinada compra apresentava problemas. Para resolver a situação, um dos procedimentos era digitar a senha do cartão no teclado do telefone, para logo em seguida inutilizar o mesmo, mas sem danificar o chip, que deveria ser entregue a um agente de segurança – na verdade, um integrante da quadrilha.
Cartão falso
Os investigados utilizavam o chip do cliente enganado em um novo cartão, confeccionado de forma grotesca pelo grupo criminoso. O fato foi confirmado também por meio de foto divulgada pela polícia e que estava no celular de um dos suspeitos presos. Com esse cartão falso e com a senha repassada via contato telefônico, os golpistas realizavam compras no comércio e saques bancários.
