O homem apontado pela polícia como suspeito de ter assassinado o jornalista Tagliene Padilha da Cruz, 33 anos, em Porto Alegre, foi encontrado por agentes da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em uma clínica para reabilitação de dependentes em Carlos Barbosa, na Serra. De acordo com a delegada Roberta Bertoldo, o homem é morador do bairro Bom Fim, na Capital, teria procurado a instituição há 10 dias.
– Há um atestado médico demonstrando que ele é usuário de drogas – aponta a delegada.
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O jornalista foi morto em 25 de abril, dentro do seu apartamento, na Avenida João Pessoa. Para surpresa dos policiais, apesar de estar escondido neste local, o suspeito não fez questão de esconder um dos elementos que o vinculariam à morte do jornalista. O par de tênis de Tagliene da Cruz estava sendo usado por ele. Perguntado pelos investigadores, ele não explicou como conseguiu os tênis. Limitou-se a dizer que conhecia a vítima, mas não teria relação com o crime.
De acordo com a delegada Roberta Bertoldo, as imagens de uma câmera de um prédio vizinho, além de uma denúncia anônima, levaram os investigadores até o suspeito. Ele teria entrado no apartamento a convite da vítima.
– Ainda apuramos se o roubo era a intenção dele desde o início, o que configuraria um latrocínio, ou se foi uma questão de ocasião. Se ele decidiu levar os objetos depois de cometer o homicídio. Não descarto a possibilidade de que os objetos levados da vítima já tenham sido trocados por drogas – afirma a responsável pela investigação.
A família do jornalista notou as ausências de pelo menos um celular, um netbook, um moletom, uma mochila e os tênis já recuperados.