A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (18) a Operação Cabrera, para reprimir o compartilhamento e a posse de imagens e vídeos de pornografia infantil na internet. No total, cerca de 370 agentes cumprem 93 mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão preventiva e um de condução coercitiva em 17 Estados – inclusive o Rio Grande do Sul – e no Distrito Federal.
A Polícia Federal em Brasília reuniu informações de escritórios estaduais da PF, não diretamente relacionadas entre si, mas que tratam da disseminação de pornografia infantil por meio de redes sociais, e-mail e aplicativos de mensagens e vídeo.
Leia mais
Em janeiro, Polícia Civil prendeu suspeitos de pedofilia em Porto Alegre
Em novembro, PF fez outra ação contra pedofilia em 16 Estados; veja como foi
No Rio Grande do Sul, um mandado de busca e apreensão foi cumprido em Cachoeirinha, na Região Metropolitana. Foram apreendidos dispositivos de armazenamento de arquivos para serem analisados. A PF diz que não houve prisão em flagrante do investigado por não ter sido encontrado material evidente de pornografia infantil. No entanto, ele pode ser detido após perícia detalhada.
Além do Rio Grande do Sul, Acre, Amazônia, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal estão no mapa da operação.
A operação unificada é coordenada pela unidade de Repressão aos Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da Polícia Federal (Urcop). O nome da operação refere-se à menina Araceli Cabrera Sánchez Crespo, uma brasileira de oito anos que foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada em 18 de maio de 1973, em Vitória, no Espírito Santo. Esse crime permanece impune e, em razão do brutal assassinato a data de hoje ficou instituída como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Os investigados poderão responder pela prática dos crimes de posse, compartilhamento de arquivos de pornografia infantil, com penas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente e no Código Penal brasileiro de um a seis anos de reclusão.