A Polícia Civil do Acre disse ter encontrado "fortes indícios" de que o desaparecimento do jovem estudante Bruno Borges tenha ocorrido para impulsionar a divulgação de livros de sua autoria. O departamento de inteligência afirmou que no mesmo dia em que o rapaz desapareceu um contrato falando de faturamento das obras foi registrado em Rio Branco. Bruno está desaparecido desde 27 de março.
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Em entrevista realizada nesta quarta-feira (31), o chefe do Departamento de Inteligência, delegado Alcino Júnior, disse que "havia uma combinação para a publicação das obras".
O "Contrato de Sociedade no Projeto Enzo com o Lançamento de 14 Obras" foi registrado no dia 27 de março, no Primeiro Tabelionato de Notas e firmado com Marcelo de Souza Ferreira, amigo de Bruno.
O delegado classificou como "fortes" os indícios do afastamento voluntário de Bruno, que teria servido para dar publicidade aos livros. O amigo do estudante foi detido por falso testemunho.
O documento define que haveria benefício de 15% do faturamento bruto do "Projeto Enzo" e das "14 literaturas iniciais", parte do lançamento do "projeto".
A mãe do jovem desaparecido, a empresária Denise Borges, refuta a ideia de que o sumiço do filho seja uma "jogada de marketing".
– Eu sou a única pessoa que li os quatro livros. Não se trata de uma jogada de marketing. Eu já sabia da existência dos contratos. Aqueles meninos ajudaram o Bruno – disse a mãe. Denise também confirmou o lançamento do primeiro livro em breve.
– Qual o problema ele fazer um contrato para ajudar amigos que o ajudaram? O problema é que sempre tentam encontrar um meio pra prejudicar a imagem de alguém de bem – disse a irmã de Bruno, Gabriela Borges, em uma rede social.
*Estadão Conteúdo