A onda de violência em São José do Norte – município do sul do Estado que registrou em quatro meses de 2017 quase o triplo dos homicídios ocorridos em todo o ano passado – deixou as ruas desertas, e o reflexo é sentido no comércio. Por falta de clientes, lancherias e bares estão fechando até duas horas antes. Um taxista parou de trabalhar de madrugada por medo da violência e viu a sua renda despencar 40%. Uma das duas funerárias da cidade precisou interromper o velório de Igor Rodrigues Espírito Santo, 23 anos, em 7 de abril, às pressas e esconder o corpo na sala de preparação com medo que acontecesse uma chacina.
Guerra do tráfico
Com medo generalizado, comércio fecha duas horas mais cedo em São José do Norte
Alta de homicídios esvazia ruas e espalha pânico entre a população, que teme denunciar crimes por receio de represálias de quadrilhas
Marcelo Kervalt
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