O Colégio Estadual Ildo Meneghetti, do bairro Restinga, na zona sul de Porto Alegre, amanheceu nesta segunda-feira com mais uma constatação de um arrombamento. Professores e funcionários foram surpreendidos com corredores alagados, e perceberam que um bebedouro da sala dos professores foi levado.
Por causa disso, a direção resolveu suspender as aulas para todos os 1,8 mil alunos durante o dia de hoje. Os pais que chegam para deixar os alunos são orientados a voltar. Uma placa foi colocada no portão, avisando quem chegava sobre o novo ataque: “Vandalizados novamente! Não haverá aula”.
Além do bebedouro, armários de professores foram bagunçados e a secretaria teve uma porta arrombada. Vidros foram quebrados, fios de energia elétrica e de telefonia foram rompidos e salas bagunçadas. Nem as lâmpadas doadas após as últimas ações foram poupadas.
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A suspeita é que os criminosos entraram novamente pelo buraco de um ar condicionado, assim como na sexta-feira, quando a escola também foi arrombada.
Este é o 18º caso em que a escola foi atacada, segundo registros da Polícia Civil. A direção, no entanto, já perdeu as contas dos crimes. A escola volta a pedir por um policial militar residente ou vigilância 24 horas, na tentativa de barrar a ação dos criminosos.
– É um eterno reconstruir. Estamos cansados. Estamos cobrando o que foi prometido pela Secretaria da Educação, que é vigilância 24 horas, e a escola não vai abrir novamente enquanto isso não acontecer –, afirmou a coordenadora da escola, Regina Agra Corrêa, em entrevista no programa Gaúcha Atualidade.
A coordenadora de Educação de Porto Alegre, Maria Luíza de Moraes, disse que o processo de licitação para contratação de empresa de vigilância privada para a escola está em andamento. Ela afirmou que vai se reunir hoje com o secretário estadual Luís Antônio Alcoba de Freitas para verificar como agilizar o processo.