ema que identifica veículos em situações irregulares por meio de câmeras de monitoramento, em funcionamento há quase um mês em Porto Alegre, já ajudou a recuperar cinco carros roubados. O cercamento eletrônico foi uma das principais promessas de campanha do prefeito Nelson Marchezan (PSDB) e completará quarta-feira os primeiros 30 dias de funcionamento. Neste período, considerado de teste pelo secretário de Segurança de Porto Alegre, Kleber Senisse, 150 mil placas foram lidas pelas 25 câmeras instaladas estrategicamente em pontos da Capital com maior incidência de roubo e furto de veículos.
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No aniversário de um mês, em uma reunião entre secretarias e departamentos municipais e estaduais, serão colocadas na mesa as boas e más experiências do sistema.
– Até agora, o resultado deste projeto-piloto tem sido bem interessante. Mas vamos avaliar todos os aspectos no dia 26 e melhorar o que for necessário – resume o secretário.
Conforme Senisse, com o fim da etapa de testes, na quarta-feira, passará a ser discutida também a implantação de câmeras embarcadas. A utilidade será a mesma, porém, em vez de fixados em pontos pré-determinados, os equipamentos serão acoplados a veículos, aumentando a possibilidade de flagrar irregularidades.
A parceria entre Estado e município fez com que o custo de implantação do sistema fosse minimizado. Foram adaptados para a leitura de placas, dispositivos e tecnologias já existentes em Porto Alegre, como as próprias câmeras utilizadas anteriormente para monitoramento. A ideia, conforme o chefe da Divisão de Tecnologia da Informação e Comunicação da Secretaria da Segurança Pública do Estado, tenente-coronel Adenir Brito, é estender o sistema para o interior do Rio Grande do Sul nos próximos dois meses.
– Não faz sentido ter um cercamento isolado. Queremos engessar a criminalidade para que ela não possa se deslocar. Hoje, os bandidos atravessam o Estado com carro roubado para assaltar um banco. Passam por praças de pedágio e ninguém consegue identificar – desabafa, alertando que em breve os pedágios estarão integrados ao sistema.
Como parte do projeto de ampliação está, também, a utilização de câmeras instaladas em grandes estacionamentos – como o do aeroporto e até de empresas privadas – muito utilizados pelos criminosos para evitar serem descobertos por rastreadores. O carro roubado é deixados nestes locais por alguns dias. Se o dono não o localizar por dispositivos de segurança, os ladrões voltam para buscá-lo.