Criminosos explodiram dois caixas eletrônicos e um cofre da agência do Banco do Brasil de Boqueirão do Leão, no Vale do Rio Pardo, no começo da madrugada desta sexta-feira.
Pelo menos quatro criminosos fizeram 12 pessoas reféns, além de atirar para o alto a fim de evitar a aproximação da Brigada Militar durante a ação. Na fuga, quatro reféns foram levados junto, mas logo foram libertados, sem ferimentos.
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O grupo estaria usando espingardas calibre 12 e pistolas 9 milímetros. O ataque começou por volta da 0h30min desta sexta-feira. Conforme a Polícia Civil, os ladrões conseguiram pegar dinheiro de apenas um dos terminais eletrônicos. Ao chegar na cidade, usando um Ford Focus cor prata, a quadrilha pegou dois reféns em um posto de combustíveis. Neste local, foram captadas imagens, que estão sendo analisadas.
Os dois reféns foram levados até o banco, situado na Rua Expedicionários do Brasil. Nas proximidades da agência, outras 10 pessoas foram abordadas pelos bandidos e um escudo humano foi formado na rua para dar proteção à ação. Conforme os delegados Joel Henrique Wagner e João Paulo de Abreu, da Delegacia de Repressão a Roubos do Departamento Estadual de Investigações criminais (Deic), foram efetuadas quatro explosões.
Depois de subtrair o dinheiro, o grupo escapou levando reféns, que foram deixados na saída da cidade, e espalhou miguelitos no caminho. Na localidade de Barra do Fão, interior de Progresso, os bandidos entraram em confronto com a BM, atingindo uma viatura. Ninguém ficou ferido.
Foi neste momento que os policiais militares notaram o uso de outro carro, uma caminhonete Oroch. Nenhum dos veículos foi encontrado até o momento. Conforme o tenente-coronel Valmir José dos Reis, comandante regional do Vale do Rio Pardo, foi solicitado reforço à BM do Vale do Taquari e cerca de 20 viaturas se envolveram nas buscas.
A Delegacia de Roubos investiga a possibilidade de o grupo ser o mesmo que fez ataques recentes e semelhantes nas cidades de Progresso e Pouso Novo. A polícia informou que o dinheiro levado pode ter marcas decorrentes da explosão – as notas ficam danificadas ou chamuscadas – e que são perceptíveis para quem recebê-las. Em caso de suspeita, a polícia solicita que as pessoas contatem o telefone 0800-510-2828.