Passada uma semana do dia previsto para o anúncio da cidade gaúcha escolhida pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) para receber uma penitenciária federal, o mistério permanece. O município não foi divulgado, segundo a assessoria de imprensa da pasta, em razão da posse dos novos ministros, incluindo o da Justiça, Osmar Serraglio, na terça-feira passada. A estimativa da SSP agora é anunciar a cidade até o fim desta semana.
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Enquanto a cidade-sede não é divulgada, prefeitos disputam a prisão. Especula-se que, a partir de uma lista inicial de 23 cidades interessadas, o funil se fechou de acordo com os critérios estabelecidos pelo Ministério da Justiça. A ideia é anunciar o local escolhido e, a partir de então, os técnicos do governo federal vão entrar em ação para vistoriar as áreas.
Cinco municípios manifestaram publicamente o interesse em receber o investimento federal. Na região central do Estado está o maior impasse sobre o assunto. De um lado, o prefeito de São Sepé, Leocarlos Girardello (PP), é o mais entusiasmado com a possibilidade de movimentar a economia local. De outro, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB), de Santa Maria, fala inclusive em barrar judicialmente a iniciativa.
A construção da futura penitenciária federal tem custo estimado em R$ 60 milhões em investimentos do governo federal durante pelo menos dois anos, e deve empregar entre 200 a 250 pessoas na construção. Depois de pronto, serão 400 empregos diretos. Além de São Sepé, mostraram-se interessados pela cadeia os prefeitos de Alegrete, na Fronteira Oeste, de Frederico Westphalen, no Norte, de Cachoeira do Sul, na Região Central, e de Vacaria, na Serra.