Cerca de 300 policiais federais cumprem, na manhã desta terça-feira, 70 mandados de busca e apreensão e de prisão em 16 Estados para combater rede de distribuição de pornografia infantil na chamada deep web – a "web profunda", que se refere a sites e servidores de internet que não são encontrados com mecanismos de busca comuns.
A segunda fase da Operação Darknet investiga a participação de 67 pessoas na troca e na distribuição de fotos e vídeos com conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.
No Rio Grande do Sul, um mandado de prisão foi cumprido em Sapucaia do Sul, onde um homem foi preso em flagrante com vídeos e fotos pornográficos, e outros três estão sendo cumpridos em Porto Alegre.
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A Polícia Federal (PF) também realiza a operação em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Pará e Amazonas.
Durante as investigações, a PF antecipou o cumprimento de sete ordens judiciais para evitar o possível abuso sexual de crianças no Paraná, no Distrito Federal e no Rio de Janeiro.
Desde a primeira fase da Operação Darknet, deflagrada em 2014, a Polícia Federal desenvolve metodologia de investigação e ferramentas para identificar usuários da dark web – a "web escura", que compreende redes anônimas que necessitam de programas especiais para serem acessadas e considerada um meio seguro de divulgação de conteúdos variados de forma anônima.
A arquitetura desse ambiente impossibilita a identificação do ponto de acesso (IP), ocultando o real usuário que acessa a rede. Poucas polícias no mundo obtiveram êxito em investigações na dark web, como o FBI, a Scotland Yard e a Polícia Federal Australiana.