A Polícia Federal prendeu, na noite desta quinta-feira, o terceiro suspeito de integrar quadrilha que prometia fraudar urnas eletrônicas nas eleições municipais de 2016. O preso, que não teve o nome divulgado pela PF, estava foragido desde terça-feira, quando a PF deflagrou a Operação Clístenes.
A prisão ocorreu por volta de 21h30min em um Hotel em Gama, no Distrito Federal. O suspeito havia locado um carro e não havia sido encontrado nos endereços informados nos cadastros oficiais.
Com o andamento das investigações, após a deflagração da operação, a PF suspeita que um candidato a prefeito de outro Estado tenha caído no golpe de estelionato e tenha pago R$ 270 mil para os criminosos.
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Na terça-feira, quando deflagrou a Operação Clístenes, a PF cumpriu dois mandados de prisão preventiva, em Brasília (DF) e Xangri-lá (RS), três mandados de condução coercitiva, em Xangri-lá, Canoas (RS) e Piripiri (PI), e cinco mandados de busca e apreensão, em Canoas, Xangri-lá, Goiania (GO) e dois em Brasília.
A denúncia partiu de um prefeito de município da região metropolitana de Porto Alegre. Os criminosos diziam ter contato com uma empresa que atualiza o software das urnas eletrônicas e cobrariam R$5 milhões para, supostamente, fraudar a eleição para prefeito e R$ 600 mil para, supostamente, fraudar a eleição para vereador.
Após a deflagração da operação, constatou-se tratar de estelionato, pois não há indícios de que os criminosos realmente poderiam obter êxito em fraudar as urnas eletrônicas e nem mesmo teriam contato com a empresa de atualização de software.
Os presos responderão pelos crimes de estelionato e organização criminosa, cujas penas somada variam de quatro a treze anos de reclusão.
O nome da Operação: Clístenes foi um político grego antigo, que levou adiante a obra de Sólon e, como este último, é considerado um dos pais da democracia.