A investigação da Polícia Civil sobre a morte de Rafael Mendes Lima, 39 anos, na noite de domingo (24) em Balneário Pinhal, no Litoral Norte, não aponta relação com o assassinato do traficante Alexandre Goulart Madeira, o Xandi, ocorrido em 2015. O irmão de Rafael e o tio dele, o ex-assessor da Secretaria de Segurança Pública e comissário de polícia, Nilson Aneli, estavam juntos com Xandi no dia do crime.
O delegado Alexandre Souza, responsável pela apuração, diz que Rafael possuía envolvimento com o tráfico de drogas, inclusive foi preso duas vezes pelo crime. Ele era o líder de uma quadrilha que atua na região de Balneário Pinhal e de cidades próximas. A principal linha de investigação é de que o assassinato foi promovido por uma quadrilha rival, que tenta ganhar força no litoral.
Um suspeito do crime já foi identificado. As testemunhas disseram aos policiais que cerca de cinco homens participaram da execução.
Crime
Rafael Mendes Lima foi morto a tiros no começo da noite deste domingo quando saia de um mercado em Balneário Pinhal, no Litoral Norte. Ele foi atingido por dois disparos e morreu na Rua Dilcemar Pinheiro.
O tio dele é o comissário da Polícia Civil Nilson Aneli, que era assessor do ex-secretário de Segurança do Estado no governo passado, Airton Michels. Aneli foi indiciado por envolvimento em uma rede criminosa da qual era líder o traficante Xandi, assassinado no começo de 2015 em Tramandaí. Na ocasião, o comissário negou estar fazendo segurança para o traficante, ao contrário do que apontaram as investigações da polícia. O irmão de Rafael Mendes Lima foi baleado durante o tiroteio que matou Xandi.
Gaúcha
Morte de sobrinho de policial não tem relação com execução de "Xandi", diz polícia
Investigação mostra que confronto entre quadrilhas de traficantes locais motivou assassinato no Litoral Norte
Vitor Rosa
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