A 2ª Delegacia de Polícia Civil (2ª DP) de Cachoeira do Sul, na Região Central, prendeu no fim da tarde de quinta-feira (14) um homem suspeito de ter executado o motorista Júlio César de Carvalho, 36 anos, no dia 6 de março deste ano. Ele foi encontrado morto, com um tiro na cabeça, dentro de um ônibus.
Conforme o delegado Ricardo Milesi, o suspeito tem 32 anos e teria um relacionamento com Alessandra Pereira Trindade, suspeita de ter contratado ele para assassinar a vítima, que era seu ex-companheiro.
A investigação chegou até a identidade da mandante do crime após descobrir que a vítima não tinha antecedentes criminais ou envolvimento com o tráfico, o que derrubava a hipótese de crime motivado por alguma desavença relacionada a isso. Ainda, nada havia sido roubado dele e a perícia concluiu que a vítima não reagiu à abordagem, o que eliminou a suspeita de latrocínio – matar para roubar.
Além disso, ao ouvir amigos e familiares da vítima, chegou ao conhecimento da polícia de que a única inimizade que ela nutria era com a ex-companheira.
Havia uma disputa por patrimônio após os dois terem se separado e Carvalho já havia sido ameaçado de morte, tendo, inclusive, confidenciado a amigos que estava com medo de sair na rua, pois soube que alguém havia sido contratado para matá-lo.
“Embora a investigada negue a autoria desse crime, negue qualquer participação, nós temos a convicção de que foi ela a mandante”, afirma o delegado Milesi. “Nós temos a certeza, também, quanto à identidade do executor”.
Alessandra foi presa temporariamente por 30 dias poucos dias depois do crime e estava no Presídio Estadual de Cachoeira do Sul. A prisão era prorrogável por mais 30, mas ela foi solta depois que a Justiça entendeu que não havia motivo que justificasse a manutenção da prisão.
A Polícia Civil ouviu mais testemunhas e conseguiu identificar quem foi que cometeu o assassinato de fato. Ele foi localizado na casa de um parente no bairro Fátima durante a ação conjunta entre Polícia Civil e Brigada Militar (BM). Será indiciado por homicídio qualificado por promessa de recompensa e por dificultar a defesa da vítima. Ele foi levado para o Presídio Estadual de Cachoeira do Sul.
