Um jovem querido pelos amigos e “defensor de todos”. É assim que o funcionário da Assembleia Legislativa Carlos Eugênio Azevedo Gonçalves fala do filho, Rodrigo Maciel Gonçalves, morto na segunda-feira, aos 17 anos, em um assalto no bairro Humaitá, em Porto Alegre. Em entrevista ao Timeline desta quarta-feira (15), na Rádio Gaúcha, o pai afirmou ter ficado comovido com a importância que o filho tinha para todos que conviviam com ele.
"Ele agia como um defensor de todos. Uma pessoa que dava apoio, que estava sempre ali, com aquele sorriso dele. Eu já sabia da importância que ele tinha para mim e para toda a família, mas ver tudo o que ele representou para toda a gurizada que estava lá [no enterro]", desabafou.
Gonçalves disse estar acompanhando as investigações sobre o caso e se pergunta o que vai acontecer com o responsável pelo crime - um adolescente de 15 anos. Ele pediu apoio aos jovens para que seja possível conscientizar as autoridades da situação da segurança na Capital.
"[O assassino] Vai passar um período na Fase [Fundação de Assistência Socioeducativa] e vai sair como de lá? O Estado vai conseguir fazer o papel dele, de reabilitar?", indagou.
O funcionário da Assembleia afirmou, ainda, que falta seriedade e competência na vida pública para que casos como esse possam ser evitados.
"A gente sabe que a polícia faz o trabalho dela, mas que ela tem um limite. Tínhamos que tentar prender e depois reabilitar, mas é um rodízio! Um dia está na rua, no outro está na cadeia", disse.
"A gente não pode proibir essas crianças de viver, de estar na rua e de aproveitar a vida (...) Cabe a nós tentar melhorar um pouco a vida dessa gurizada", finalizou.