Uma semana após a fuga em massa registrada no Presídio Estadual de Carazinho, no norte do Estado, somente sete dos 21 detentos foram recapturados. As buscas são feitas pela Brigada Militar com auxílio da Susepe. No dia da fuga, os presos fizeram buracos em seis celas da galeria A.
O diretor do presídio, Éberson Tápia de Oliveira, diz que os buracos foram fechados com cimento, mas não houve reforço na segurança por falta de recursos. Ele alega que o motivo para que os presos não fossem percebidos durante a fuga é o baixo efetivo de agentes na casa prisional. São dois funcionários para cuidar de 302 presos. A capacidade de engenharia do local suporta 198 detentos.
O problema não se restringe ao interior do presídio. A guarda externa, de responsabilidade da Brigada Militar, também é reduzida. Somente um brigadiano ocupa uma das duas guaritas, tendo que monitorar três galerias. O outro policial que ficava na unidade desativada foi retirado em maio de 2015, por causa do baixo número de brigadianos nas ruas.
As buscas seguem sendo feitas nesta sexta-feira (17), mas já não há o mesmo número de brigadianos mobilizados. Conforme o coronel Fernando Bicca, responsável pelo Comando Regional de Policiamento Ostensivo do Norte, a BM faz agora a parte de inteligência, já que com o passar do tempo fica mais difícil encontrar os fugitivos.
A maioria dos fugitivos cumpria pena por roubo ou furto.
Histórico de fugas
O Presídio Estadual de Carazinho foi palco de diversas fugas nos últimos meses. Em março, três detentos fugiram depois de abrir um buraco em uma parede. Já em fevereiro, outros três presos fizeram um túnel e fugiram pelo pátio.
No dia da fuga, a Susepe emitiu nota defendendo que "todos os procedimentos internos já estão sendo tomados" e que seria aberta uma sindicância para apurar o ocorrido. A reportagem aguarda retorno para saber o resultado da sindicância.