Cinco pessoas morreram no terceiro dia de operação da Polícia Militar para localizar o traficante Fat Family, na Favela do Rola, em Santa Cruz, zona oeste do Rio. De acordo com a PM, no início da ação, na manhã desta quarta-feira, os criminosos atiraram contra os agentes e houve confronto. Seis suspeitos foram atingidos e cinco não resistiram.
O ferido foi levado para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz. Os policiais prenderam também um foragido da Justiça. A operação tem por objetivo prender o traficante Nicolas Labre Pereira de Jesus, 28 anos, conhecido como Fat Family, resgatado da enfermaria ortopédica do Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio, na madrugada do último domingo, por homens fortemente armados.
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De acordo com a PM, os policiais apreenderam um fuzil, três pistolas automáticas, uma granada e uma quantidade de drogas ainda não contabilizada na comunidade do Rola.
Em outro ponto da cidade, no morro da Congonha, em Madureira, zona norte, policiais do 9° Batalhão da PM prenderam um homem suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas e apreenderam um fuzil, uma pistola e drogas. A PM está vasculhando mais de 50 comunidades dominadas pela facção criminosa Comando Vermelho.
Falha na custódia
Insatisfeito com a falha na custódia do traficante Fat Family, o tenente-coronel Wagner Guerci Nunes foi exonerado do comando do 5º Batalhão da PM pelo secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. A unidade é responsável pelo policiamento na área central da cidade e encarregado da custódia de presos no Hospital Souza Aguiar.
A Delegacia de Combate às Drogas foi a responsável pela prisão do criminoso, na terça-feira passada, no morro Santo Amaro, no Catete, zona sul do Rio. Dois dias depois, a delegacia recebeu a informação de que estava sendo montado um plano de fuga para o resgate de Fat Family do Hospital Souza Aguiar.
A informação foi passada ao Serviço de Inteligência da Secretaria de Segurança e a cúpula da Polícia Militar. O batalhão, responsável pelo policiamento na área e a custódia de presos, deixou apenas dois policiais responsáveis pela segurança do criminoso.
*Agência Brasil