Três anos e meio depois de ser acusado de estuprar e jogar de um penhasco uma adolescente, Deivid Stein de Oliveira foi condenado, na quarta-feira, a 30 anos de prisão pelo crime. Ele já estava no Presídio Estadual de Sobradinho, por outro homicídio, e deve cumprir lá sua pena.
Em dezembro de 2012, Ana Paula Sulzbach, então com 15 anos, teria consumido bebida alcoólica fornecida por Oliveira, no Parque da Cruz, em Santa Cruz do Sul. Segundo apontou a denúncia do Ministério Público, aproveitando-se da embriaguez da menina, "estuprou brutalmente a vítima". Com o objetivo de garantir sua impunidade e a ocultação do crime, o réu a jogou viva do alto de um penhasco com 50 metros de altura. Após o fato, levou ainda o celular da vítima.
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Conforme laudo pericial, Ana Paula Sulzbach possuía álcool etílico no sangue, além de lesões nos órgãos sexuais e choque hemorrágico, devido a politraumatismo causado pela queda.
O réu responderá pelos crimes de homicídio qualificado, além de estupro e furto. Em seu depoimento, Oliveira admitiu que esteve nas proximidades do Parque da Cruz na noite da morte, mas alegou que estava indo até a casa da ex-mulher e que achou o telefone de Ana Paula na rua, que não a conhecia.
O júri ouviu, ainda, os delegados Miguel Mendes Ribeiro Neto e Lisandra de Castro Carvalho, um policial e a mãe da vítima.
Antes do início do julgamento, dezenas de amigos e familiares de Ana Paula fizeram uma manifestação silenciosa em frente ao Fórum, usando cartazes, panos brancos e rosas vermelhas.