A 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) de Cachoeira do Sul, na Região Central, prendeu na terça-feira (15) uma mulher de 31 anos suspeita de ter mandado matar Júlio César de Carvalho, de 36, dia 6 deste mês. Ele era motorista de ônibus e foi encontrado morto dentro do coletivo com um tiro na cabeça.
Conforme o delegado Ricardo Milesi, responsável pelo caso, a investigação chegou até a identidade da mandante do crime após descobrir que a vítima não tinha antecedentes criminais ou envolvimento com o tráfico, o que derrubava a hipótese de crime motivado por alguma desavença relacionada a isso. Ainda, nada havia sido roubado dele e a perícia concluiu que a vítima não reagiu à abordagem, o que eliminou a suspeita de latrocínio – matar para roubar.
Além disso, ao ouvir amigos e familiares da vítima, chegou ao conhecimento da polícia de que a única inimizade que ela nutria era com a sua ex-companheira, Alessandra Pereira Trindade. Havia uma disputa por patrimônio após os dois terem se separado e Carvalho já havia sido ameaçado de morte, tendo, inclusive, confidenciado à amigos que estava com medo de sair na rua, pois soube que alguém havia sido contratado para matá-lo.
“Embora a investigada negue a autoria desse crime, negue qualquer participação, nós temos a convicção de que foi ela a mandante”, afirma o delegado Milesi. “Nós temos a certeza, também, de que descobriremos a identidade do executor”.
Alessandra foi presa temporariamente por 30 dias e está no Presídio Estadual de Cachoeira do Sul. A prisão é prorrogável por mais 30. A Polícia Civil pretende ouvir mais testemunhas com objetivo de identificar quem foi que cometeu o assassinato efetivamente. O delegado Milesi antecipa, no entanto, que Alessandra será indiciada por homicídio – o qualificador ainda é avaliado e, provavelmente, será por impedir a defesa da vítima.