A Polícia Civil já começou a investigação do suposto furto de doações a atingidos pelas chuvas em Santa Maria. Além da secretária que flagrou a tentativa de furto, devem ser ouvidos voluntários e beneficiados que trabalharam no Centro Desportivo Municipal (CDM).
A 3ª Delegacia de Polícia de Santa Maria começou a ouvir os primeiros depoimentos sobre o caso. O delegado André Diefencbach, que conduz a investigação, já ouviu a secretária de Habitação e Regularização Fundiária, Magali da Rocha, que foi quem flagrou a tentativa de furto. Segundo o delegado, ela não passou nomes de voluntários envolvidos e disse que havia muitas pessoas cadastradas no dia para trabalhar na separação dos donativos.
Por isso, a polícia aguarda o recebimento do cadastro para começar a ouvir tanto voluntários que trabalharam no dia quanto pessoas que foram beneficiadas pelas doações. O delegado Diefenbach ressalta que, de acordo com o rumo das investigações, pode ter de ouvir um número grande de pessoas para chegar ao esclarecimento dos fatos. Ele também já recebeu o nome do servidor da prefeitura que estaria envolvido. Além disso, a polícia aguarda as imagens das câmeras de segurança do ginásio.
De acordo com a secretária Magali, três voluntários e um servidor separavam as doações perto do lixo para pegarem depois. Os quatro podem ser acusados de furto simples ou qualificado. Se o agente público tiver facilitado para eles, aí todos podem ser acusados do crime de peculato. O crime de peculato tem pena de 2 a 12 anos de prisão. O de furto simples de 1 a 4 anos, e o de furto qualificado de 2 a 8 anos.
