A Polícia Civil já está deslocando agentes das ruas para cuidar da carceragem dos presos que estão em delegacias do Estado. Segundo o último balanço da Delegacia Metropolitana, 34 homens estão em delegacias de Canoas, Gravataí e em Porto Alegre. No final da tarde deste sábado (28), um novo balanço será divulgado.
Segundo a polícia, a situação é tensa devido à falta total de condições. Não há diferenciação entre facções e gravidade de crimes, nem entre presos em flagrante ou foragidos.
Policiais do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil estão de alerta para possíveis rebeliões. Outros agentes são deslocados para cuidar de presos que têm que ser levados à hospitais, pois adoecem na carceragem.
Conforme o diretor da Delegacia Metropolitana, delegado Marcelo Moreira da Silva, a condição é “sub-humana”. Segundo ele, há presos que estão em delegacias há sete dias nesta situação, e familiares ajudam na alimentação.
A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) admite que não há novas vagas em presídios e que, por isso, não tem previsão para normalizar a situação. Já a Defensoria Pública do Estado pediu um habeas corpus coletivo para libertar todos os presos que estão em delegacias, e a Justiça deve se manifestar sobre o caso na próxima semana.