"Todo integrante que estiver definitivamente com a facção estará por livre espontânea vontade ciente que estará em compromisso com essas regras". Assim começa o texto contido em quatro folhas impressas com o título "Constituição dos Manos". As regras básicas estabelecidas no documento são a contribuição de R$ 200 mensais por integrante da facção e a divulgação da marca do grupo, simbolizada pelos números "14-18-12".
O material foi divulgado na manhã dessa terça-feira pelo Ministério Público, depois da análise do que havia sido apreendido no começo de fevereiro, durante a Operação Kommunication, que foi a segunda ofensiva contra a organização criminosa nas cadeias gaúchas.
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A "vaquinha" já havia sido revelada em escutas no dia daquela ação. Conforme a apuração do MP, o dinheiro serviria para contratação de advogados, auxílio às famílias de presos aliados e principalmente a compra de armas.
De acordo com o promotor Ricardo Herbstrith, todas as informações coletadas a partir do documento serão reunidas em um relatório a ser entregue às varas de execuções criminais de Porto Alegre e Região Metropolitana, responsáveis pelo controle dos presídios.
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