A Polícia Civil pediu à Justiça a prisão temporária de um suspeito de participar do assassinato do publicitário Lairson José Kunzler, na tarde de segunda-feira, na zona sul de Porto Alegre. Ele foi alvo de um tiro na cabeça após reagir a um assalto na entrada do condomínio onde morava, na Avenida Cavalhada. Os criminosos, que chegaram ao local em uma moto, fugiram do local com um malote de dinheiro.
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O pedido foi feito com base em fragmentos de impressões digitais retirados do Honda Civic que Kunzler dirigia quando foi morto e de outras informações ainda não especificadas pela investigação. A polícia ainda cumpriu mandado de busca. A delegada Áurea Hoeppel, titular da 6ª Delegacia de Polícia (DP), evita falar sobre o caso.
- A investigação é esclarecedora, está evoluindo bastante - se limitou a dizer Áurea.
Nesta quarta-feira, funcionários do banco Itaú onde Kunzler teria sacado os R$ 44,2 mil contidos no pacote foram ouvidos pela delegada. Eles levaram imagens das câmeras de segurança da instituição, que fica na Rua Hilário Ribeiro, bairro Moinhos de Vento, que podem ajudar a identificar um possível "olheiro". Essa pessoa estaria acompanhando a movimentação do publicitário dentro da agência e mantido a dupla informada sobre seus passos.
Kunzler foi atendido em um setor à parte da agência, utilizado para saques de valores mais elevados, porém visível ao público que é recebido nos caixas. O publicitário não era correntista, mas foi até o banco para trocar cheques por dinheiro, correspondentes à parcela da venda de uma fazenda no limite entre a Capital e Viamão.
Não havia data prevista para esse pagamento, mas Kunzler teria sido avisado de que o dinheiro estaria disponível no final da manhã de segunda. Ele também estaria portando outros cheques os quais foram sustados para que não pudessem ser descontados pelos criminosos.
A delegada Áurea tem certeza de que se trata de um caso de latrocínio (roubo com morte) no qual os criminosos visavam ao dinheiro da vítima, abastecidos por informações privilegiadas. No meio policial, o crime é conhecido como "saidinha de banco", no qual bandidos frequentam agências bancárias, observando a movimentação de clientes que sacam valores expressivos e, depois, avisam comparsas que perseguem as vítimas para roubar o dinheiro.
No rastro dos criminosos
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Lairson José Kunzler foi vítima de latrocínio na segunda-feira na Zona Sul
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