O Ministério Público Federal no Espírito Santo denunciou cinco pessoas envolvidas no transporte de 445 kg de pasta-base de cocaína no helicóptero da Limeira Agropecuária, empresa do deputado estadual por Minas Gerais Gustavo Perrella (SDD), apreendido em novembro do ano passado, na cidade de Afonso Cláudio, Sul do Estado. Mas o político ficou de fora da denúncia, devido ao foro privilegiado.
Além do piloto da aeronave Rogério Almeida Antunes, foram denunciados por tráfico de drogas e associação para o tráfico o co-piloto Alexandre José de Oliveira Júnior, os responsáveis por descarregar o helicóptero Robson Ferreira Dias e Everaldo Lopes de Souza, e o dono de uma propriedade que servia de base para a organização Elio Rodrigues.
Se condenados, os cinco podem pegar até 15 anos de prisão por tráfico de drogas, até 10 anos por associação ao tráfico e ainda ter um aumento de pena em até dois terços por tráfico internacional, já que a droga foi trazida do Paraguai.
Para o MPF-ES, não resta dúvidas de que os denunciados Alexandre, Everaldo, Robson e Elio, se juntaram para importar de forma rotineira cocaína do Paraguai para o Brasil. Já Rogério foi convidado por Alexandre a participar do esquema, como piloto das aeronaves utilizadas para o transporte da droga. Segundo a proposta feita, Rogério ganharia R$ 50 mil para fazer o translado, saindo de Belo Horizonte às 7h e retornado às 18h.
Foro privilegiado
A Procuradoria da República no Espírito Santo pediu o desmembramento do inquérito e a remessa de cópias ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), por cauda do foro privilegiado a que tem direito o deputado Gustavo Perrella. O procurador da República Fernando Amorim Lavieri, autor da denúncia, destacou que a remessa das peças para o TRF2 não implica uma opinião negativa sobre a participação do parlamentar nos caso. A decisão apenas reconhece que não cabe a um membro do MPF que atua perante órgãos de primeira instância analisar a questão.
Gaúcha
Deputado mineiro dono de helicóptero fica fora de denúncia por tráfico de cocaína
Ministério Público Federal denunciou cinco pessoas e desmembrou o político do inquérito devido ao foro privilegiado
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