O vírus da aids levou à morte de um milhão de pessoas em 2016, quase metade do 1,9 milhão registrado em 2005, anunciou a Organização das Nações Unidas (ONU) em um informe anual divulgado nesta quinta-feira (20), destacando uma "virada decisiva".
Mais da metade das pessoas infectadas no mundo recebe tratamento, e o número de novas infecções pelo vírus HIV está em queda, ainda que a um ritmo muito lento para conseguir conter a epidemia, de acordo com dados divulgados antes da inauguração, no próximo domingo (23), em Paris, de uma conferência internacional sobre a aids.
Leia mais
Como sobrevive o último cubano que se injetou com HIV
Governo lança concurso para mudar visual das embalagens de preservativos
Teste de farmácia para detectar HIV será vendido até o fim de julho no RS
A redução se explica, em grande parte, por uma melhor difusão do tratamento antirretroviral.
"Em 2016, 19,5 milhões de pessoas, do total de 36,7 milhões que vivem com HIV, tinham acesso a tratamento", ou seja, mais de 53%, segundo dados divulgados pelo UNAISD, programa de coordenação da ONU contra a aids, em seu relatório anual sobre a situação da epidemia.
– Nossos esforços deram resultado – comemorou o diretor-executivo do UNAISD, Michel Sidibé, citado no informe.
– Mas nossa luta para pôr fim à aids está apenas começando. Vivemos tempos difíceis, e os avanços conquistados podem se apagar facilmente – advertiu.
Ao todo, 1,8 milhão de pessoas foram infectadas no ano passado, o que equivale a uma contaminação a cada 17 segundos, em média.
