Pequenas lesões arredondadas e vermelhas na região das fraldas podem ser ainda mais comuns durante o verão. O abafamento da região associado à transpiração das crianças pode resultar em uma dermatite, irritação da pele provocada pelo contato com fezes e urina ou até mesmo com produtos de higiene. Uma estimativa da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) sugere que 25% das crianças apresentarão o problema até os dois anos de idade.
Apesar de ser mais frequente nas estações quentes, a irritação também está relacionada a outros fatores, conforme explica o chefe do Serviço de Pediatria do Hospital Moinhos de Vento, João Ronaldo Mafalda Krauzer:
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– Esta dermatite não está associada somente à época, mas também às características de pele da criança. Aquelas mais alérgicas ou com histórico familiar de alergia são mais propensas.
Contudo, o calor contribui para o abafamento da região, aumentando o problema. Nestes casos, Krauzer sugere reduzir, o quanto for viável, o uso das fraldas. Trocar a marca do produto também pode ajudar em alguns casos.
– A dermatite causada pela composição das fraldas é uma situação específica e não muito frequente. O bebê pode ter uma irritação ou alergia ao corante da fralda, principalmente verde e azul, ao elástico ou até mesmo a outros materiais utilizados em sua composição – esclarece a dermatologista pediatra da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Ana Elisa Kiszewski Bau.
Fraldas de pano como solução devem ser evitadas
No verão, outro problema comum que se associa a este quadro é a proliferação de fungos, que deve ser tratada conforme a orientação do pediatra.
Medidas simples auxiliam na prevenção das lesões. Reduzir o uso de lenços umedecidos e trocar com frequência as fraldas são algumas delas. Usar algodão com água morna e sabão neutro para a limpeza e pomada preventiva de barreira, além de hidratar a região, também ajudam.
Ao contrário do que se possa pensar, as fraldas de pano não diminuem o problema. Elas aumentam o contato da pele com as fezes e urina, agravando o quadro.
Caso o problema persista por mais de sete dias, o pediatra deve ser consultado. Além disso, o profissional deverá ser procurado em casos mais resistentes.