A vacinação contra a gripe vai seguir na semana que vem, mesmo após o término oficial da campanha, que ocorre nesta sexta-feira. As cidades que já atingiram 80% de cobertura de imunização dos grupos de risco podem vacinar contra a gripe professores da rede pública e privada, policiais civis e policiais militares. A recomendação é da Secretaria Estadual da Saúde (SES). Porto Alegre está entre os municípios que ampliarão a cobertura vacinal.
– Os munícios que não atingiram a meta deverão seguir incluindo os grupos de maior vulnerabilidade. Para os demais (que atingiram a meta), vamos sugerir para que, na semana que vem, abram as vacinas para os novos grupos – declarou o secretário da Saúde, João Gabbardo, em coletiva de imprensa na manhã desta sexta.
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Cerca de 3,6 milhões de doses foram repassadas ao Rio Grande do Sul pelo Ministério da Saúde. Como a Secretaria espera fechar a campanha de vacinação com três milhões de pessoas protegidas, a estimativa é de que sobrem 600 mil doses. A aplicação nos novos grupos será mediante apresentação da carteira profissional. Profissionais da reserva também pode se imunizar. A escolha se dá porque os três grupos mantêm um forte contato com diferentes populações e, por isso, correm mais risco.
Gabbardo afirmou que o secretário da Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter, já sinalizou que a Capital deve incluir professores e policiais militares e civis na vacinação a partir da próxima semana.
No total, o Rio Grande do Sul vacinou 87,43% dos grupos de risco, o que corresponde a quase um terço da população. Até a noite de quinta-feira, dois grupos seguiam sem atingir a meta de 80% de vacinação: gestantes (64,34%) e crianças (73,87%). Chuí é a cidade que está mais longe da meta: vacinou apenas 36,36%, dos grupos de risco. A inclusão de professores e policiais civis e militares é mais um esforço para combater a influenza, que atinge o Rio Grande do Sul antes do inverno.
Onze novos óbitos por gripe A foram computados na última semana no Estado, totalizando 60 desde o início do ano. Destes, 59 foram de H1N1 e um de um subtipo não identificado. Mais 84 internações por gripe A foram registradas. No total, foram registrados 338 casos em 2016.O secretário Gabbardo informou que não há nenhuma possibilidade de o Ministério da Saúde repassar novos lotes de vacinas.
Fazem parte dos grupos de risco prioritários crianças maiores de 6 meses e menores de 5 anos, gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), pessoas com 60 anos ou mais, pessoas com comorbidades (doenças crônicas respiratórias, do coração, com baixa imunidade, entre outras), trabalhadores da saúde, indígenas aldeados e o público penitenciário.