Uma grande revisão científica feita pela American Thyroid Association pode mudar o diagnóstico de 45 mil pessoas em todo o mundo que recebem a indicação de câncer na tireoide por ano. Quando um nódulo na glândula, encontrado e mede entre 0,5cm e 1cm e apresenta características que podem indicar um tumor, os médicos sugerem que seja feita uma punção (o que é punção?).
O resultado desse exame, até agora, incluía dentro do diagnostico para câncer – chamado de carcinoma papilífero de tireoide variante folicular encapsulado – um tipo não maligno. Depois da revisão, já validada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, cerca de 20% dos pacientes sairão deste quadro (tá muito confuso. precisamos rever essa construção).
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O nome continua complicado (e enorme), neoplasia folicular não invasiva com características nucleares papilíferas, mas mostra que, ainda que tenha características semelhantes ao tipo de nódulo maligno, não tem comportamento de câncer. É no tratamento que a mudança mais drástica ocorre.
– Além do impacto psicológico, de não mais receber o diagnóstico para câncer, o paciente não vai mais ser submetido a cirurgia e iodo radioativo (iodo radioativo?). O médico terá apenas de acompanhar o nódulo, uma vez por ano, com uma ecografia. Se o nódulo crescer, aí se faz uma nova biopse. É um impacto alto no custo de saúde pública – explicou Gisah Amaral, presidente do departamento de tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e chefe da unidade de tireoide do Hospital do Clínicas do Paraná.
No país, de acordo com Gisah, cerca de 10 mil pessoas devem ser impactadas pela mudança na classificação. Nos últimos três anos, a incidência dos casos de câncer na tireoide aumentou quatro vezes, segundo estudos da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. No país, a doença corresponde 1,3% de todos os cânceres diagnosticados, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
