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Escolas particulares de Porto Alegre investem em prevenção ao H1N1

Comitê está sendo criado pela Secretaria Estadual da Saúde para definir políticas de combate ao vírus também na rede estadual

Camila Nunes

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O crescente número de casos de gripe A no Rio Grande do Sul – em 2016 já foram registradas duas mortes pela doença – começa a despertar nas escolas a necessidade de investir em prevenção. As crianças, devido a questões imunológicas, transmitem por mais tempo o vírus H1N1.

No Colégio Dom Bosco, em Porto Alegre, por exemplo, os alunos do Ensino Fundamental estão aprendendo a produzir o próprio álcool gel, no laboratório de química da escola. Além disso, vídeos educativos sobre formas de contágio e como se prevenir são mostrados nas aulas da Educação Infantil.

– Temos uma política de trabalhar a prevenção, em todas as idades. Os professores são fundamentais nessa missão não apenas incentivando os alunos a usarem o álcool gel que fica disponível em todos os ambientes como também orientando sobre cuidados básicos de higiene. A gente percebe que eles estão multiplicando o conhecimento em casa – relata Leila Fernandes da Cunha, coordenadora pedagógica da instituição.

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Já o colégio Santa Inês, também de Porto Alegre, aposta em ações que envolvem cartazes, músicas e recursos audiovisuais para orientar os estudantes.

– Hábitos como a higienização das mãos e outras extremidades, o uso de álcool gel e a manutenção dos ambientes bem ventilados estão entre outros cuidados já incorporados à rotina do Santa Inês. Em sala de aula, também já estamos conversando sobre a importância da vacinação – ressalta Rosana Cairuga, coordenadora pedagógica da Educação Infantil e do 1º ano do Ensino Fundamental da instituição.

O Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS) confirma que está finalizando material de orientação com dicas de prevenção e cuidados de higienização nos ambientes da escola para evitar a presença do vírus. A orientação será enviada aos estabelecimentos por e-mail ainda nesta semana. Já em âmbito estadual, um comitê está sendo criado pela Secretaria da Saúde para definir as políticas de prevenção contra o H1N1 em 2016, o que vai incluir ações nas escolas estaduais.

De acordo com Isabella Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, as escolas precisam incentivar alunos e profissionais que trabalham nos estabelecimentos a buscarem a vacinação.

– Ao vacinar uma criança, principalmente as menores de cinco anos, que estão no grupo de risco, nós estamos não apenas protegendo-as como também diminuindo a circulação do vírus – explica Isabella.

*Com Diário de Santa Maria

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