O embaixador da União Europeia, João Gomes Cravinho, anunciou nesta terça-feira, a abertura de uma linha de crédito de 10 milhões de euros para financiar pesquisas relacionadas ao zika. A ideia é que consórcios formados por institutos, incluindo brasileiros, se inscrevam para participar da disputa.
As regras serão publicadas em março e a expectativa é de que até julho os trabalhos escolhidos sejam divulgados. Cravinho afirmou estar convicto de que o risco de zika afeta todos os países.
– Este é um fenômeno da globalização. Nenhum país está isento – avaliou, depois de uma reunião, ao lado de outros 23 embaixadores da União Europeia, com o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
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Durante o encontro, Castro procurou tranquilizar embaixadores da União Europeia sobre riscos de atletas e turistas interessados em acompanhar a Olimpíada, no Rio.
– As recomendações que fazemos para estrangeiros são as mesmas feitas para a população brasileira – disse, ao fim da reunião.
Castro argumentou que a Olimpíada vai ocorrer em um período em que tradicionalmente há uma população menor do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, o Aedes aegypti, do que nos meses de verão. Ele aposta ainda que esse número poderá ser reduzido ainda mais, diante das medidas de combate aos criadouros que estão em andamento.
– Estamos fazendo ações efetivas – disse.
O embaixador da União Europeia, João Gomes Cravinho, afirmou haver ainda muitas incertezas em relação ao zika e observou ser cedo ainda para traçar um panorama sobre o que deverá ocorrer até o início da Olimpíada, em agosto.