Para tirar dúvidas a respeito do zika vírus e da microcefalia, ZH recebeu na manhã desta segunda-feira o secretário Estadual da Saúde, João Gabbardo, e a bióloga da Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal da Saúde, Maria Mercedes Bendati. Durante uma hora, eles responderam a questões enviadas por leitores por meio da página do jornal no Facebook.
Uma das perguntas feitas foi sobre a presença de casos de zika vírus em Porto Alegre e Região Metropolitana. Segundo Maria Mercedes, Porto Alegre já tem sete casos notificados de zika que estão sendo investigados.
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- Ainda não tivemos nenhuma confirmação, pois há uma série de exames que precisam ser feitos para descartar outras doenças antes de fazer o exame de zika - esclareceu.
A especialista também falou da proliferação do mosquito em resposta a uma dúvida sobre a sua reprodução em roupas deixadas de molho em água com sabão. Ela reforçou que o Aedes aegypti prefere água limpa para se reproduzir, no entanto, tem se adaptado a outras condições:
Rio Grande do Sul está em alerta para zika vírus
- O ovo e a larva precisam de cerca de cinco dias para se desenvolver nas etapas seguintes até o mosquito adulto. Evite deixar as roupas de molho por muito tempo.
João Gabbardo falou dos cuidados que se deve ter ao aplicar repelentes em crianças e também desmentiu um dos boatos que têm circulado na internet sobre a relação dos casos de microcefalia com a aplicação de vacinas vencidas contra a rubéola.
- A vacina contra a rubéola não é feita em gestantes. Nas investigações que o Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde de Pernambuco fizeram, não foi encontrada entre as gestantes que tiveram filhos com microcefalia alguma que tivesse feito a vacina contra a rubéola no período da gravidez. Além disso, a vacina vencida só não teria seu efeito, mas não causaria más-formações - explicou.
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Na semana passada, Gabbardo e demais representantes dos Estados estiveram reunidos com a presidente Dilma Rousseff para tratar dos casos de microcefalia e sua possível relação com o zika vírus. No encontro, ficou definido que a Fiocruz do Paraná será o centro de referência para investigação de possíveis casos de zika vírus do Rio Grande do Sul.