O tabagismo está associado a mais de 21 doenças que, juntas, causam cerca de seis milhões de mortes por ano no mundo. Mesmo tendo conhecimento dos efeitos nocivos da substância, a maioria dos fumantes tem dificuldade para largar o cigarro. Para ajudar no combate ao vício, cientistas do The Scripps Research Institute (TSRI), de San Diego, nos Estados Unidos, estão adotando uma abordagem por meio de uma enzima bacteriana que pode impedir que a nicotina - principal ativo do tabaco - chegue ao cérebro.
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Publicados no periódico Journal of the American Chemical Society, os resultados do estudo relatam testes bem sucedidos feitos com a NicA2, enzima natural da bactéria Pseudomonas putida, encontrada em campos de cultivo de tabaco e já conhecida por degradar os restos de tabaco. De acordo com os pesquisadores, ela quebrou a nicotina nas amostras de sangue de ratos em meia hora.
Os animais usados para a experiência não apresentaram efeitos colaterais, mas a equipe pretende realizar mais experimentos sobre o assunto, já que as taxas de sucesso da pesquisa foram baixos.
Kim Janda, um dos autores do estudo, explica que a enzima pode ser uma esperança para novos tratamentos contra o vício, já que a NicA2 pode reduzir o "prazer" associado ao hábito - o que dificulta o abandono do tabaco.
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