O preço do tabaco e as imagens usadas para ilustrar embalagens de cigarro são fatores que influenciam a decisão das mulheres em relação a parar ou não de fumar. Essa é a conclusão de um estudo recente que avaliou o impacto desse tipo de informação em embalagens e comprovou que mulheres com nível de educação mais baixo são mais sensíveis às advertências ilustradas nesses produtos.
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A pesquisa, realizada pela Universidade de Zaragoza, da Espanha, observou a diferença entre gerações de fumantes do sexo feminino. Os pesquisadores dividiram as mulheres em quatro grupos, de acordo com o período em que nasceram: antes de 1950, entre 1951 e 1964, entre 1965 e 1983 e entre 1985 e 1999. Os resultados, publicados no Addictive Behaviors, mostram que os fatores determinantes para fumar variam conforme o ano em que a mulher nasce e que, quanto mais nova ela é, maior a probabilidade tem de adquirir o hábito.
O estudo mostra que as mulheres que mais fumam são as que se encontram na faixa etária de 16 a 50 anos, em comparação àquelas com mais de 65 anos.
- As mulheres de diferentes gerações experimentaram diversos intervenções políticas, estratégias de marketing e mudanças culturais, o que pode ser determinante para comportamentos diferentes - explica Ana Isabem Gil-Lacruz, autora principal do estudo.
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Após avaliar mais de 48 mil respostas de documentos espanhóis dos anos de 2001, 2003, 2006 e 2011, a pesquisa concluiu também que o tanto o preço do cigarro quanto a embalagem são ferramentas que podem ter papel importante na redução das taxas de tabagismo entre as mulheres.
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Especialistas afirmam que as mulheres mais instruídas se impactam mais com o preço do produto, enquanto as mulheres com níveis de educação mais baixos são mais vulneráveis às etiquetas e imagens ilustradas. Essa informação ressalta a importância de ambas as políticas para reduzir o consumo de tabaco entre as mulheres, sem deixar de considerar também outras gerações e localidades.